Edição: 1
Editora: Plataforma 21
Ano: 2016
Páginas: 328
Kestrel quer ser dona do próprio destino.
Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai – o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos –, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão.
O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas.
O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los.
Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida…
As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas.
A maldição do vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita.
Classificação:
Oiá eu de novo! Dessa vez com mais uma resenha da Plataforma 21, editora parceira do Um Menino Leitor — a qual sou eternamente grato pela oportunidade. Dessa vez para falar de uma sensação literária do momento, que vem conquistando o coraçãozinho de centenas de brasileiros — você não pode ficar de fora! Só para se ter uma ideia, o Kirkus Reviews disse o seguinte sobre o sucesso de Marie Rutkoski: Nesta trama cheia de suspense, envolvendo política, intriga e violência, o limiar entre vilões e heróis torna-se sutil. Uma obra verdadeira, trágica e de tirar o fôlego.
O livro inicia-se nos apresentado a realidade da jovem Kestrel, inserida num mundo monárquico e cheio de regras — que ela deixa de cumprir vez ou outra. Em Valória, toda mulher que se preza nunca deve andar sozinha, deve se alistar no Exército ou casar-se e garantir a soberania dos valorianos sobre as outras raças. Mas se essas são as condições para que uma mulher seja bem aceita na sociedade, Kestrel prefere ser vista com maus olhos.
Apesar de ser filha do general, ela é muito diferente de seu pai e só faz algumas coisas, como treinar e estudar a arte da guerra, para agradá-lo e garantir que — pelo menos no período em que seu pai se encontra em casa — é uma boa e educada jovem. No currículo de Kestrel estão presentes várias rebeldias que a faz ser vista com maus olhos, dentre elas o fato de ter libertado sua ama, uma herrani — povo que saiu derrotado de uma grande guerra e, como consequência, acabou escravizado pelo lado vencedor.
Mas quando todos pensam que Kestrel já cometeu o máximo que podia de pertinácia, ela resolve comprar, em um leilão, um escravo herrani por um preço extremamente alto, mal sabendo que isso lhe custará muito mais do que algumas moedas. Arin, que se torna acompanhante de Kestrel, é extremamente misterioso, mas a jovem está disposta a desvendar todos os seus segredos, mesmo que para isso tenha que se permitir se entregar a sentimentos proibidos e se aliar ao lado inimigo.
Bem, o que dizer de um livro extremamente diferente e igualmente interessante? Kestrel e Arin vão fazer vocês se perderem por horas em meio a rebeliões, a lutas, a estratégias de guerras e, claro, em meio ao amor — um sentimento que nem as diferenças étnicas é capaz de destruir. São personagens muito bem construídos e localizados na narrativa, ainda que a maioria vá se incomodar um pouco com as características misteriosas do protagonista masculino, que é visto de uma perspectiva bem superficial, o que nos faz pensar que a jogada seja exatamente essa: construir um personagem misterioso e revelá-lo no decorrer dos livros.
No todo, é uma história bem centralizada, pouco abrangente e com poucos personagens, mesmo sendo narrada em terceira pessoa. Kestrel é a personagem que mais acompanhamos e nos afeiçoamos na narrativa, por ser extremamente firme, decidida, inteligente e que não deixa de contestar quando acha que algo está errado. Arin é igualmente interessante, principalmente pelo mistério que o cerca.
Os personagens são poucos, como já disse antes, e isso favorece sua boa construção. Percebe-se, também, que houve um desenvolvimento na história, de modo que as coisas não aconteceram do nada, nem rápido demais, formando personagens reais e muito cativantes. A escrita da autora, claro, contribui muito com o livro, visto que ela usa de uma estrutura simples, mas que abrange todos os pontos necessários a criação de uma boa narrativa.
Sendo sincero, é uma boa história e, com certeza, vai se tornar um livro preferido de muita gente — principalmente daqueles que já curtem o estilo. Contudo, é interessante que, no momento da leitura, tenha-se atenção em alguns pontos. A narrativa é toda cercada de mistérios e é importante separar isso da superficialidade, da mesma forma que é importante pensar que ainda teremos mais dois livros para a história se desenrolar, então é provável que a autora só queira mesmo contar as coisas de forma simples, misteriosa e sem pressa.
A edição da Plataforma 21 ficou extremamente linda! A capa, de aspecto aveludado, vem nos padrões da original (dos EUA) e retrata Kestrel com extrema perfeição em meio a algum tipo de preocupação. A diagramação é muito bem feita, com um design interno bem caprichado, com folhas de papel pólen bold e acompanhado de um mapa da região fantástica do livro. Se tem erros de revisão, eu não percebi!
Por fim, gostaria de deixar claro que eu recomendo, sim, a leitura. Para mim, ela não foi extremamente maravilhosa, mas tenho que reconhecer que possui um valor significante. Em A Maldição do Vencedor você encontrará muita ação, jogadas inteligentes, personagens misteriosos e uma sociedade marcada pela luta de classes. E é como o Publishers Weekly deixou claro: Rutkoski cria um mundo cindido, com poderosas cenas de batalha e instáveis alianças de poder. A adrenalina deixará os leitores ávidos pelo próximo volume.
Bem, o que dizer de um livro extremamente diferente e igualmente interessante? Kestrel e Arin vão fazer vocês se perderem por horas em meio a rebeliões, a lutas, a estratégias de guerras e, claro, em meio ao amor — um sentimento que nem as diferenças étnicas é capaz de destruir. São personagens muito bem construídos e localizados na narrativa, ainda que a maioria vá se incomodar um pouco com as características misteriosas do protagonista masculino, que é visto de uma perspectiva bem superficial, o que nos faz pensar que a jogada seja exatamente essa: construir um personagem misterioso e revelá-lo no decorrer dos livros.
No todo, é uma história bem centralizada, pouco abrangente e com poucos personagens, mesmo sendo narrada em terceira pessoa. Kestrel é a personagem que mais acompanhamos e nos afeiçoamos na narrativa, por ser extremamente firme, decidida, inteligente e que não deixa de contestar quando acha que algo está errado. Arin é igualmente interessante, principalmente pelo mistério que o cerca.
Os personagens são poucos, como já disse antes, e isso favorece sua boa construção. Percebe-se, também, que houve um desenvolvimento na história, de modo que as coisas não aconteceram do nada, nem rápido demais, formando personagens reais e muito cativantes. A escrita da autora, claro, contribui muito com o livro, visto que ela usa de uma estrutura simples, mas que abrange todos os pontos necessários a criação de uma boa narrativa.
Sendo sincero, é uma boa história e, com certeza, vai se tornar um livro preferido de muita gente — principalmente daqueles que já curtem o estilo. Contudo, é interessante que, no momento da leitura, tenha-se atenção em alguns pontos. A narrativa é toda cercada de mistérios e é importante separar isso da superficialidade, da mesma forma que é importante pensar que ainda teremos mais dois livros para a história se desenrolar, então é provável que a autora só queira mesmo contar as coisas de forma simples, misteriosa e sem pressa.
A edição da Plataforma 21 ficou extremamente linda! A capa, de aspecto aveludado, vem nos padrões da original (dos EUA) e retrata Kestrel com extrema perfeição em meio a algum tipo de preocupação. A diagramação é muito bem feita, com um design interno bem caprichado, com folhas de papel pólen bold e acompanhado de um mapa da região fantástica do livro. Se tem erros de revisão, eu não percebi!
Por fim, gostaria de deixar claro que eu recomendo, sim, a leitura. Para mim, ela não foi extremamente maravilhosa, mas tenho que reconhecer que possui um valor significante. Em A Maldição do Vencedor você encontrará muita ação, jogadas inteligentes, personagens misteriosos e uma sociedade marcada pela luta de classes. E é como o Publishers Weekly deixou claro: Rutkoski cria um mundo cindido, com poderosas cenas de batalha e instáveis alianças de poder. A adrenalina deixará os leitores ávidos pelo próximo volume.
Olá, Pedro!
ResponderExcluirAhhhhh esse livro entrou na minha wishlist há pouco tempo! A estória me deixou curiosa e espero lê-lo logo! Essa capa <3 Ótima resenha!
Beijos, Garota Vermelha
www.livrosdagarotavermelha.com.br
Pedro, estou absurdamente louca para ler esse livro. Finalmente consegui comprá-lo mês passado. Confesso que sua resenha me desanimou um pouco, porque eu espero um livro super ultra maravilhoso, mas... vamos ver no que vai dar essa leitura.
ResponderExcluirBeijos
Lili - Blog Meninas na Literatura
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu já tinha visto a capa deste livro e achei linda, mas não parei para ler a premissa, confesso que achei que a história fosse outra, me interessei agora que vi a resenha, depois vou dar uma conferida nele...
ResponderExcluirwww.livrosemretalhos.com.br
Olá! Que resenha maravilhosa! Pois é, eu já vi essa capa algumas vezes mas nem fazia ideia do que falava e já fiquei bastante curiosa quanto ao livro como um todo. Sem contar que é totalmente diferente do que já li, por isso é tão interessante!
ResponderExcluirVou anotar a dica.
Abraço, Leitora Encantada
Oi Pedro, tudo bem?
ResponderExcluirJá tinha visto a capa desse livro, mas nunca procurei saber mais a respeito. A premissa chamou muito a minha atenção, e a sua resenha ficou incrível! Com certeza vai para a Wishlist <3
Beijos,
Ana | Blog Entre Páginas
www.entrepaginas.com.br
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Oi Pedro! Amei sua resenha e acho que a história deve ser fantástica. Só fiquei em dúvida se vou ler ou não porque é uma trilogia e ultimamente ando fugindo de trilogias kkk
ResponderExcluirbjs
Patricia Barucco
Blog Leio Livro
Oi, pedrim! Confesso que coloquei esse livro na wishlist só por causa da capa haha. Mas depois que li sua resenha ele parece interessante... Ouvi muita gente falando que amou e muita dizendo que não amou. Mas esse detalhe de lutas de classe me chamou a atenção.
ResponderExcluirBj bj
Um Leitor No Oceano